A Suíça
enfrenta a França na próxima sexta-feira, na Arena Fonte Nova, mesmo dia em que
Equador tenta a recuperação no Grupo E contra Honduras.
Não há
espaço para retrancas na Copa que começou com impressionantes 28 gols em oito
jogos - até o início deste domingo (15). Foi a lição que Suíça e Equador
demonstraram ter compreendido na partida que deu início os trabalhos do Grupo E
da Copa do Mundo, no Mané Garrincha, em Brasília.
Bem
como os gaúchos de Viamão, os brasilienses receberam os equatorianos de braços
abertos. A alta presença de sul-americanos neste Mundial, bem como a
coincidência de cores com a seleção brasileira, fizeram com que o amarelo
abafasse o vermelho das arquibancadas do Mané e da torcida suíça. Foram 68,3
mil torcedores a serviço, majoritariamente, do Equador.
Justiça
seja feita, a sempre defensiva Suíça topou fazer um jogo franco com a seleção
adotada pelos gaúchos. Com a perna esquerda de Shaqiri, meia e estrela da
equipe que joga no Bayern, a Suíça era menos efetiva, mas sempre perigosa em
chutes de fora da área contra o pouco confiável goleiro Dominguez.
Já o
Equador manteve ao longo do primeiro tempo uma postura impetuosa beirando o
inconsequente. Entre um passe e um drible, quase não havia jogada em que os
equatorianos não optassem por colocar à prova a dureza da cintura dos europeus.
Mas o gol não saiu de jogadas individuais, mas do cruzamento de um Valencia, o
Antonio, que encontrou outro, o Enner, livre na grande área para cabecear a 22
minutos.
O mau
desempenho do ataque fez o técnico alemão multicampeão Ottmar Hitzfeld lançar
mão de Mehmedi, que entrou predestinado a marcar em lance quase idêntido ao do
gol equatoriano, mas para a Suíca, logo três minutos do segundo tempo. O
atacante de 23 anos passou a ser a companhia que Shaqiri precisava no ataque.
Só os dois chutaram sete vezes com perigo contra Dominguez.
— Para
o segundo tempo, tentamos fazer jogadas mais simples e mais objetivas. Assim somamos
chances. Foram mais de 10 no segundo tempo — declarou Shaqiri, eleito o craque
do jogo.
A
insistência da Suíça foi recompensada no último minuto. Em um contra-ataque de
poucos segundos, pela esquerda, Behrami roubou a bola de Arroyo e conduziu até
Ricardo Rodriguez, que encontrou Seferovic. O jovem atacante de 23 anos,
promessa do espanhol Real Sociedad que recém saíra do banco, estava livre para
virar a partida em 2 a 1 para os suíços.
O erro
na origem do lance deixou o técnico equatoriano inconsolável:
—
Cometemos uma ingenuidade que nos custou a partida — resumiu Reinaldo Rueda.
A Suíça
segue para a Bahia, onde enfrenta a França na próxima sexta-feira, mesmo dia em
que o Equador tenta a recuperação no Grupo E contra Honduras. A delegação
equatoriana volta à meia-noite de hoje para Porto Alegre. O próximo jogo é na
Arena da Baixada, em Curitiba.
SUÍÇA: Benaglio, Lichtsteiner, Djourou, Von
Berger, Rodriguez, Behrami, Inler, Xhaka, Shaqiri, Stocker (Mehmedi, int),
Drmic (Seferovic, 30'/2t)
Técnico:
Ottmar Hitzfeld
EQUADOR: Dominguez, Paredes, Guagua, Erazo,
Ayovi, Gruezo, Noboa, Antonio Valencia, Montero (Rojas, 30'/2t), Enner
Valencia, Caicedo (Arroyo, 25/2t)
Técnico:
Reinaldo Rueda
Gols:
Enner Valencia (22'/1t), Mehmedi, 3'/2t), Seferovic (47'/2t). Cartões amarelos:
Djorou (39/2t).
Público:
68.351.
Fonte:
www.zh.clicrbs.com.br
Por
Cauê Fonseca, correspondente do Grupo RBS em Brasília
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