SALVADOR,
22 Jun 2013 (AFP) - A seleção brasileira enfrenta no sábado a Itália, na Arena
Fonte Nova de Salvador, em um duelo entre duas equipes já classificadas para as
semifinais para definir qual terminará em primeiro lugar do grupo A da Copa das
Confederações e evitar o confronto com a Espanha, que tem tudo para terminar na
liderança da outra chave.
Ambas
têm 100% de aproveitamento na competição por as vitórias sobre Japão e México
nas duas primeiras partidas que disputaram, mas o Brasil é líder no momento por
levar a melhor no saldo de gols (5 contra 2).
Por
isso, os comandados do técnico Luiz Felipe Scolari manterão a ponta apenas com
um empate.
"Vamos
jogar para ganhar, não vamos montar um sistema de jogo para tentar o
empate", assegurou Felipão, que ainda revelou que poderia ter sido técnico
da Itália depois de ter conquistado o Penta em 2002, quando acabou assumindo a
seleção portuguesa.
Já o técnico
italiano, Cesare Prandelli, preferiu falar apenas sobre a partida de sábado,
sem pensar no futuro adversário.
"A
expectativa é ter um bom desempenho, jogar uma partida bem equilibrada, não
pensamos na Espanha. Só depois pensaremos nas semifinais", explicou o
treinador italiano.
O
pentacampeão Brasil e a tetra Itália são as duas seleções com mais vitórias em
Copas do Mundo, protagonizando inclusive duelos memoráveis em mundiais.
Em
1970, a seleção de Pelé, Jairzinho, Gérson e companhia se consagrou como uma
das maiores da história ao derrotar os italianos por 4 a 1 na final da Copa do
México.
Em
1982, Paolo Rossi acabou com o sonho do futebol-arte de Zico, Falcão e Sócrates
ao marcar os três gols da vitória por 3 a 2 da Itália nas quartas de final da
Copa do Mundo da Espanha.
Já em
1994, a seleção comandada por Carlos Alberto Parreira, jogando um futebol menos
vistoso, derrotou os italianos nos pênaltis para garantir o tetra.
No
total, foram 15 jogos, com retrospecto favorável para o Brasil, que conseguiu
sete vitórias, três empates e sofreu cinco derrotas.
Na
última edição da Copa das Confederações, em 2009, na África do Sul, as duas
equipes se enfrentaram na mesma altura da competição, na terceira rodada da
primeira fase, com um triunfo brasileiro por 3 a 0 que eliminou os italianos.
No dia
21 de março deste ano, o Brasil empatou em 2 a 2 com a Itália em Genebra, na
segunda partida de Felipão desde seu retorno à frente da seleção. Na ocasião,
chegou a abrir vantagem de 2 a 0 com gols de Fred e Oscar, mas deixou o
adversário empatar no segundo tempo.
De
Rossi diminuiu e Balotelli, muito querido pelo público brasileiro nesta Copa
das Confederações, deixou tudo igual com um golaço de fora da área.
"Devemos
ter a coragem que tivemos nas últimas partidas. Em Genebra, já mostramos que
conseguimos dificultar a situação do Brasil", explicou Prandelli, que
exaltou a capacidade de reação na vitória de virada por 4 a 3 sobre o Japão, na
última quarta-feira na Arena Pernambuco de Recife.
Neste
sábado, o técnico italiano não poderá contar com um dos seus principais
jogadores, o veterano Pirlo, que sofreu uma lesão na panturrilha e está fora da
partida.
Na
estreia, 'Il arquitero' tinha anotado um lindo gol de falta na vitória por 2 a
1 sobre o México.
O
volante Daniele De Rossi também não estará em campo por ter levado dois cartões
amarelos nas primeiras partidas.
No
lugar deles, Roberto Aquilani e Claudio Marchisio devem ser escalados como
titulares e Riccardo Montolivo, que costuma jogar aberto pela esquerda, pode
ser recuado e atuar numa posição mais central para articular as jogadas.
Do lado
brasileiro, Hernanes será titular no lugar de Paulinho, que sofreu uma lesão no
tornozelo.
Já
David Luiz, que quebrou o nariz na vitória por 2 a 0 sobre os mexicanos, terá
condições de jogo.
A
expectativa é fazer mais uma boa partida e continuar sem sofrer gols, como
aconteceu nas vitórias por 3 a 0 sobre Japão e 2 a 0 sobre México.
"Nós
temos que trabalhar a equipe taticamente, para poder jogar com eficiência, com
a qualidade técnica que sempre tivemos. Nós não temos essa cultura defensiva,
mas estamos trabalhando para isso", completou Felipão.
Possíveis
escalações:
Brasil:
Julio César - Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo - Luiz Gustavo,
Hernanes, Oscar - Hulk, Fred e Neymar.
T: Luiz
Felipe Scolari.
Itália:
Gianluigi Buffon - Ignazio Abate, Andrea Barzagli, Giorgio Chiellini, Mattia de
Sciglio - Riccardo Montolivo, Alberto Aquilani, Claudio Marchisio - Sebastian
Giovinco, Emanuele Giaccherini - Mario Balotelli.
T:
Cesare Prandelli.
Fonte:
UOL Esportes
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