domingo, 3 de julho de 2011

Brasil de Mano inicia contra a Venezuela seu primeiro teste real

Assim como Mano Menezes, Neymar, Ganso e cia. terão primeiro grande teste pela seleção brasileira
La Plata (Argentina)
Postado por Gazeta Esportiva. Net

Inspirado no histórico recente, já que venceu quatro dos últimos cinco torneios continentais (incluindo os dois últimos, em 2004 e 2007), o Brasil estreia na Copa América neste domingo, às 16 horas (de Brasília), contra a Venezuela, tentando iniciar bem a sua trajetória na competição que pode dar à geração de Neymar e Ganso o seu primeiro título pela equipe nacional.

Para o técnico Mano Menezes, a competição, sua primeira à frente da seleção, poderá servir para apagar o histórico ruim nos amistosos já realizados contra seleções tradicionais, nos quais o Brasil perdeu por 1 a 0 para Argentina e França e empatou sem gols com a Holanda. Apesar de ter esses resultados questionados, 

Mano se mostra tranquilo, e evita demonstrar preocupação com a pressão natural de seu cargo.
"Não tenho me sentido nem mais, nem menos pressionado do que sempre me senti em relação à responsabilidade de ser técnico da seleção. Na última Copa América a seleção foi com menos pressão por não ter levado alguns jogadores (como Kaká e Ronaldinho Gaúcho), mas era um momento diferente. Nós não teremos mais responsabilidade do que normalmente teríamos nessa hora. Sabemos o que temos que fazer, a começar pelo jogo da Venezuela", garantiu o treinador.

Sem tentar esconder a escalação em nenhum momento, em comportamento distinto do de seu antecessor Dunga, Mano armou a equipe no esquema 4-3-3, com um quarteto ofensivo formado pelo meia Paulo Henrique Ganso e pelos atacantes Robinho, Neymar e Alexandre Pato. Para que a equipe tenha o equilíbrio necessário entre a defesa e o ataque, o treinador sabe que terá que contar com a ajuda defensiva de suas estrelas.

"Existe a necessidade de esses jogadores acompanharem os laterais no mínimo até o meio campo. Esse é o sacrifício necessário para o desempenho da equipe. É lógico que você não vai transformar os atacantes em marcadores, mas a equipe tem que sempre buscar um equilíbrio", explicou o treinador.

Apesar de a Venezuela ser considerada o adversário mais fraco do grupo B, que também conta com Paraguai e Equador, Mano Menezes disse que a partida de estreia só se tornará fácil caso o Brasil tenha a postura adequada.
"Temos poucas 'galinhas mortas' no futebol atual, e a Venezuela certamente não está mais entre elas, porque vem trabalhando duro para mudar esta situação. Vimos um jogo duro e equilibrado contra a Espanha [a campeã mundial venceu por 3 a 0], que mostra que há uma intenção de mudar o estilo de jogar, tendo mais audácia. Teremos dificuldades na proporção de nosso desempenho. Por isso, precisamos impor o nosso futebol", pediu.

Pelo lado venezuelano a Copa América significa o primeiro grande teste na trajetória de quatro anos que tem como grande meta a primeira classificação do país para uma Copa do Mundo. Segundo o técnico Cesar Farías, a postura da equipe não será apenas defensiva.

"Respeitamos o Brasil, mas sem medo algum. Eles têm atacantes que são rápidos tanto pelas laterais quanto pelo centro, mas a Venezuela tem trabalhado há bastante tempo para enfrentá-los", lembrou Farías.

Na escalação da Venezuela, a principal dúvida é sobre a presença ou não do meia-atacante Juan Arango, jogador do Borussia Monchengladbach. Recuperado de dores no tornozelo esquerdo, o jogador está apto a jogar, mas a decisão sobre sua escalação ainda não foi tomada.

FICHA TÉCNICA
BRASIL x VENEZUELA
Local: Estádio Ciudad de La Plata, em La Plata (Argentina)
Data: 3 de julho de 2011, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Raúl Orosco (Bolívia)
Assistentes: Efrain Castro (Bolívia) e Marvin Torrente (México)

BRASIL: Julio Cesar; Daniel Alves, Lucio, Thiago Silva e André Santos; Lucas Leiva, Ramires e Paulo Henrique Ganso; Robinho, Neymar e Alexandre Pato.
Técnico: Mano Menezes

VENEZUELA: Renny Vega; Roberto Rosales, Grenddy Perozo, Alexander González e Gabriel Cichero; Tomás Rincón, César González, Luis Manuel Seijas e Juan Arango (Orozco); Giancarlo Maldonado e Alejandro Moreno
Técnico: Cesar Farías

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