sexta-feira, 21 de junho de 2013

Brasil-Itália, um clássico sob a sombra da Espanha.

SALVADOR, 22 Jun 2013 (AFP) - A seleção brasileira enfrenta no sábado a Itália, na Arena Fonte Nova de Salvador, em um duelo entre duas equipes já classificadas para as semifinais para definir qual terminará em primeiro lugar do grupo A da Copa das Confederações e evitar o confronto com a Espanha, que tem tudo para terminar na liderança da outra chave.

Ambas têm 100% de aproveitamento na competição por as vitórias sobre Japão e México nas duas primeiras partidas que disputaram, mas o Brasil é líder no momento por levar a melhor no saldo de gols (5 contra 2).

Por isso, os comandados do técnico Luiz Felipe Scolari manterão a ponta apenas com um empate.

"Vamos jogar para ganhar, não vamos montar um sistema de jogo para tentar o empate", assegurou Felipão, que ainda revelou que poderia ter sido técnico da Itália depois de ter conquistado o Penta em 2002, quando acabou assumindo a seleção portuguesa.

Já o técnico italiano, Cesare Prandelli, preferiu falar apenas sobre a partida de sábado, sem pensar no futuro adversário.

"A expectativa é ter um bom desempenho, jogar uma partida bem equilibrada, não pensamos na Espanha. Só depois pensaremos nas semifinais", explicou o treinador italiano.

O pentacampeão Brasil e a tetra Itália são as duas seleções com mais vitórias em Copas do Mundo, protagonizando inclusive duelos memoráveis em mundiais.

Em 1970, a seleção de Pelé, Jairzinho, Gérson e companhia se consagrou como uma das maiores da história ao derrotar os italianos por 4 a 1 na final da Copa do México.

Em 1982, Paolo Rossi acabou com o sonho do futebol-arte de Zico, Falcão e Sócrates ao marcar os três gols da vitória por 3 a 2 da Itália nas quartas de final da Copa do Mundo da Espanha.

Já em 1994, a seleção comandada por Carlos Alberto Parreira, jogando um futebol menos vistoso, derrotou os italianos nos pênaltis para garantir o tetra.

No total, foram 15 jogos, com retrospecto favorável para o Brasil, que conseguiu sete vitórias, três empates e sofreu cinco derrotas.

Na última edição da Copa das Confederações, em 2009, na África do Sul, as duas equipes se enfrentaram na mesma altura da competição, na terceira rodada da primeira fase, com um triunfo brasileiro por 3 a 0 que eliminou os italianos.

No dia 21 de março deste ano, o Brasil empatou em 2 a 2 com a Itália em Genebra, na segunda partida de Felipão desde seu retorno à frente da seleção. Na ocasião, chegou a abrir vantagem de 2 a 0 com gols de Fred e Oscar, mas deixou o adversário empatar no segundo tempo.

De Rossi diminuiu e Balotelli, muito querido pelo público brasileiro nesta Copa das Confederações, deixou tudo igual com um golaço de fora da área.

"Devemos ter a coragem que tivemos nas últimas partidas. Em Genebra, já mostramos que conseguimos dificultar a situação do Brasil", explicou Prandelli, que exaltou a capacidade de reação na vitória de virada por 4 a 3 sobre o Japão, na última quarta-feira na Arena Pernambuco de Recife.

Neste sábado, o técnico italiano não poderá contar com um dos seus principais jogadores, o veterano Pirlo, que sofreu uma lesão na panturrilha e está fora da partida.

Na estreia, 'Il arquitero' tinha anotado um lindo gol de falta na vitória por 2 a 1 sobre o México.

O volante Daniele De Rossi também não estará em campo por ter levado dois cartões amarelos nas primeiras partidas.

No lugar deles, Roberto Aquilani e Claudio Marchisio devem ser escalados como titulares e Riccardo Montolivo, que costuma jogar aberto pela esquerda, pode ser recuado e atuar numa posição mais central para articular as jogadas.

Do lado brasileiro, Hernanes será titular no lugar de Paulinho, que sofreu uma lesão no tornozelo.

Já David Luiz, que quebrou o nariz na vitória por 2 a 0 sobre os mexicanos, terá condições de jogo.

A expectativa é fazer mais uma boa partida e continuar sem sofrer gols, como aconteceu nas vitórias por 3 a 0 sobre Japão e 2 a 0 sobre México.

"Nós temos que trabalhar a equipe taticamente, para poder jogar com eficiência, com a qualidade técnica que sempre tivemos. Nós não temos essa cultura defensiva, mas estamos trabalhando para isso", completou Felipão.

Possíveis escalações:

Brasil: Julio César - Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz, Marcelo - Luiz Gustavo, Hernanes, Oscar - Hulk, Fred e Neymar.
T: Luiz Felipe Scolari.

Itália: Gianluigi Buffon - Ignazio Abate, Andrea Barzagli, Giorgio Chiellini, Mattia de Sciglio - Riccardo Montolivo, Alberto Aquilani, Claudio Marchisio - Sebastian Giovinco, Emanuele Giaccherini - Mario Balotelli.
T: Cesare Prandelli.

Confira aqui a tabela da Copa

Fonte: UOL Esportes

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