domingo, 26 de janeiro de 2014

Em 1982, a seleção brasileira 'pecou pela presunção', diz Paolo Rossi

Rossi disputa bola entre Oscar (esq.) 
e Falcão

Em 2002, o ex-atacante italiano Paolo Rossi lançou em seu país a autobiografia "Ho Fatto Piangere il Brasile". Em português, "Eu Fiz o Brasil Chorar".

O título do livro –nunca lançado no Brasil– não é um exagero retórico. Rossi foi o autor dos três gols da Itália na vitória por 3 a 2 sobre a equipe brasileira na Copa de 1982, na Espanha.

Sua extraordinária performance no estádio de Sarriá, em Barcelona, tirou do Mundial uma das seleções brasileiras mais festejadas de todos os tempos, com Zico, Sócrates, Falcão e cia. Segundo o italiano, os atletas do Brasil pecaram por presunção. "E eu aproveitei."

Se fosse brasileiro, diz, também teria chorado naquele dia 5 de julho de 1982.

Até aquele momento, o time comandado por Telê Santana encantava com um futebol vistoso e havia vencido os seus quatro jogos. 

Já a Itália tinha empatado três vezes e ganhado apenas uma. O time de Rossi seguiu em frente no torneio e acabou campeão em uma final disputada contra a Alemanha Ocidental (3 a 1).

Em entrevista por e-mail para a Folha, um dos maiores carrascos da seleção na história, hoje comentarista na TV italiana Sky Sport, Paolo Rossi, 57, acredita que o Brasil seja o mais forte candidato ao título.

Mas ele, como poucos, sabe dos riscos que os favoritos costumam correr. Será necessária à seleção de Felipão, alerta, "muita atenção com a Alemanha, a Argentina e a Itália".

RODOLFO STIPP MARTINO
FOLHA DE SÃO PAULO/ESPORTES

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