Rossi
disputa bola entre Oscar (esq.)
e Falcão
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Em
2002, o ex-atacante italiano Paolo Rossi lançou em seu país a autobiografia
"Ho Fatto Piangere il Brasile". Em português, "Eu Fiz o Brasil
Chorar".
O
título do livro –nunca lançado no Brasil– não é um exagero retórico. Rossi foi
o autor dos três gols da Itália na vitória por 3 a 2 sobre a equipe brasileira
na Copa de 1982, na Espanha.
Sua
extraordinária performance no estádio de Sarriá, em Barcelona, tirou do Mundial
uma das seleções brasileiras mais festejadas de todos os tempos, com Zico, Sócrates,
Falcão e cia. Segundo o italiano, os atletas do Brasil pecaram por presunção.
"E eu aproveitei."
Se
fosse brasileiro, diz, também teria chorado naquele dia 5 de julho de 1982.
Até
aquele momento, o time comandado por Telê Santana encantava com um futebol
vistoso e havia vencido os seus quatro jogos.
Já a Itália tinha empatado três
vezes e ganhado apenas uma. O time de Rossi seguiu em frente no torneio e
acabou campeão em uma final disputada contra a Alemanha Ocidental (3 a 1).
Em
entrevista por e-mail para a Folha, um dos maiores carrascos da seleção na
história, hoje comentarista na TV italiana Sky Sport, Paolo Rossi, 57, acredita
que o Brasil seja o mais forte candidato ao título.
Mas
ele, como poucos, sabe dos riscos que os favoritos costumam correr. Será
necessária à seleção de Felipão, alerta, "muita atenção com a Alemanha, a
Argentina e a Itália".
RODOLFO
STIPP MARTINO
FOLHA
DE SÃO PAULO/ESPORTES
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