domingo, 15 de junho de 2014

Com gols de dois reservas, Suíça vira contra o Equador

A Suíça enfrenta a França na próxima sexta-feira, na Arena Fonte Nova, mesmo dia em que Equador tenta a recuperação no Grupo E contra Honduras.

Não há espaço para retrancas na Copa que começou com impressionantes 28 gols em oito jogos - até o início deste domingo (15). Foi a lição que Suíça e Equador demonstraram ter compreendido na partida que deu início os trabalhos do Grupo E da Copa do Mundo, no Mané Garrincha, em Brasília.

Bem como os gaúchos de Viamão, os brasilienses receberam os equatorianos de braços abertos. A alta presença de sul-americanos neste Mundial, bem como a coincidência de cores com a seleção brasileira, fizeram com que o amarelo abafasse o vermelho das arquibancadas do Mané e da torcida suíça. Foram 68,3 mil torcedores a serviço, majoritariamente, do Equador.

Justiça seja feita, a sempre defensiva Suíça topou fazer um jogo franco com a seleção adotada pelos gaúchos. Com a perna esquerda de Shaqiri, meia e estrela da equipe que joga no Bayern, a Suíça era menos efetiva, mas sempre perigosa em chutes de fora da área contra o pouco confiável goleiro Dominguez.

Já o Equador manteve ao longo do primeiro tempo uma postura impetuosa beirando o inconsequente. Entre um passe e um drible, quase não havia jogada em que os equatorianos não optassem por colocar à prova a dureza da cintura dos europeus. Mas o gol não saiu de jogadas individuais, mas do cruzamento de um Valencia, o Antonio, que encontrou outro, o Enner, livre na grande área para cabecear a 22 minutos.

O mau desempenho do ataque fez o técnico alemão multicampeão Ottmar Hitzfeld lançar mão de Mehmedi, que entrou predestinado a marcar em lance quase idêntido ao do gol equatoriano, mas para a Suíca, logo três minutos do segundo tempo. O atacante de 23 anos passou a ser a companhia que Shaqiri precisava no ataque. Só os dois chutaram sete vezes com perigo contra Dominguez.

— Para o segundo tempo, tentamos fazer jogadas mais simples e mais objetivas. Assim somamos chances. Foram mais de 10 no segundo tempo — declarou Shaqiri, eleito o craque do jogo.

A insistência da Suíça foi recompensada no último minuto. Em um contra-ataque de poucos segundos, pela esquerda, Behrami roubou a bola de Arroyo e conduziu até Ricardo Rodriguez, que encontrou Seferovic. O jovem atacante de 23 anos, promessa do espanhol Real Sociedad que recém saíra do banco, estava livre para virar a partida em 2 a 1 para os suíços.

O erro na origem do lance deixou o técnico equatoriano inconsolável:

— Cometemos uma ingenuidade que nos custou a partida — resumiu Reinaldo Rueda.

A Suíça segue para a Bahia, onde enfrenta a França na próxima sexta-feira, mesmo dia em que o Equador tenta a recuperação no Grupo E contra Honduras. A delegação equatoriana volta à meia-noite de hoje para Porto Alegre. O próximo jogo é na Arena da Baixada, em Curitiba.

SUÍÇA: Benaglio, Lichtsteiner, Djourou, Von Berger, Rodriguez, Behrami, Inler, Xhaka, Shaqiri, Stocker (Mehmedi, int), Drmic (Seferovic, 30'/2t)
Técnico: Ottmar Hitzfeld

EQUADOR: Dominguez, Paredes, Guagua, Erazo, Ayovi, Gruezo, Noboa, Antonio Valencia, Montero (Rojas, 30'/2t), Enner Valencia, Caicedo (Arroyo, 25/2t)
Técnico: Reinaldo Rueda

Gols: Enner Valencia (22'/1t), Mehmedi, 3'/2t), Seferovic (47'/2t). Cartões amarelos: Djorou (39/2t).

Público: 68.351.

Fonte: www.zh.clicrbs.com.br
Por Cauê Fonseca, correspondente do Grupo RBS em Brasília

Nenhum comentário:

Postar um comentário