Os
itapetinguenses ainda não se acostumaram com tantas decepções no futebol amador
baiano. Os bicampeões do Intermunicipal nem se quer conseguiram assustar seus
adversários mais fortes dentro da sua própria casa. Entre mortos e feridos,
torcedores tentaram achar os culpados da eliminação inesperada e tricolor vira,
de vez, freguês do futebol do sul do estado.
Como se
não bastasse ser um bom freguês da seleção de Porto Seguro, agora mais uma
seleção do sul do estado, o time de Itamaraju, elimina a seleção de Itapetinga
no Intermunicipal. Não temos muito conteúdo de jogo pra falar, discutir ou, até
mesmo tentar eleger os culpados desta eliminação.
Nas
arquibancadas, os torcedores até fizeram isto, mas a discursão estava longe de
ter uma conclusão unanime. O certo é, que o time nunca se comportou muito bem
com adversários difíceis, mesmo jogando em casa. Dizem que torcedores fanáticos
só falam besteiras nas arquibancadas, mas entre as duras palavras indecentes
gritadas por ali, escutávamos um conteúdo, que só Goiabão não via.
“Este
time não toca a bola, estamos jogando em casa e nesta p… Quem tem que mandar é
agente”, assim declarou o torcedor durante o jogo. Duro, mas perfeitamente
consciente, os torcedores já entendiam que, um time que não domina uma bola no
meio campo e não há possui de forma coerente, irá tomar pressão até acontecer o
pior dentro do próprio estádio.
Itamaraju
copiava um pouco do futebol de Jitaúna, tocando muito melhor a bola do que o
time da casa e isso lhe proporcionou chances reais de gol do que o seu
adversário. No único gol da partida, Roni ganhou um presente da tão valiosa e
quase perfeita defesa de Itapetinga. Os tricolores tinham orgulho de sua
principal virtude no campeonato, que um dia iria errar.
O que
mais nos incomodou esta semana foi ouvir do técnico Carlos Goiabão, que, o seu
camisa 10, o meio campista Guga, estaria fazendo um excelente campeonato. Isso
já tinha sido uma declaração desastrosa, mas compreensível, pois o treinador
não tinha muita opção naquele setor, e preferiu dar moral ao apagado jogador,
no qual confiou o bastante para não tira-lo da partida.
A
entrada de Danilo no time foi uma boa alternativa, que acabou melhorando a
ofensividade e os chutes fora da área começaram a surgir pelo camisa 15. Danilo
poderia ser a solução do empate, como quase foi, mas nem ele e nem ninguém,
consertava o buraco que nosso meio campo deixava pra que Itamaraju pudesse
passear em campo, assim como fez Jitaúna em pleno Primaverão.
O
goleiro Bruno saiu muito irritado do jogo. A emoção tomou conta de um dos
símbolos de um time que buscou, tentou, guerreou e não sucumbiu em momento
algum, mesmo perdendo o jogo. Mas este empenho não foi o suficiente para
corrigir erros, que começaram deste a contração.
Embora
fosse feito com muito esforço e dedicação, a construção deste projeto nunca
teve um planejamento eficaz, coerente e inteligente. Ficamos na torcida pra que
a nossa paixão dê ouvidos á nossa razão e que possamos ser, de novo, os tão
merecedores “tricampeões”. Final, Itamaraju 1 x 0 Itapetinga.
Fotos
– Marcelo Brito e Laézio Oliveira.
Edição
e crônica – Esdras Lopes.
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